Freud, Jung, Lacan: Sobre
o Inconsciente
1ª
edição. U.Porto
Editora, 2013
Luís
M. Augusto
Notas
suplementares
A complexidade das teorias abordadas neste livro
suscita algumas notas suplementares. Estas são disponibilizadas pelo autor num estado dinâmico nesta página e
poderão ser integradas na sua forma definitiva num Apêndice em edições futuras
do livro.
Pág.
239
No segundo parágrafo, o termo identificação tem a ver com objeto de amor, tanto para Freud como
para Lacan. Frisa-se que este termo é altamente equívoco na terminologia
técnica destes dois autores, assumindo pelo menos, entre outros e a juntar ao
significado acima, significados que têm a ver com a noção de modelo (ou imago, na terminologia junguiana), sobretudo para Freud (cf.
discussões do Complexo de Édipo no Capítulo 1), ou ainda imagem especular, para Lacan.
Pág.
261ss No que respeita a
função significativa da linguagem, ou
seja, a palavra (parole): função deve aqui
ser entendida como uma troca entre as
ordens do simbólico (o significante) e do imaginário (o significado),
tomando-se aqui troca no sentido
estruturalista (cf. p. 210) e em particular no sentido lacaniano deste termo
(cf. p. 208). Assim se entende mais claramente o papel da palavra para Lacan na
clivagem do ego como condição permanente do sujeito (p. 264ss). Dito isto, o
quadro 3.5 (p. 262) apenas indica a “localização” da palavra no campo da
linguagem— na ordem do simbólico mas próxima da ordem do imaginário — e serve sobretudo
para um contraste com o quadro 3.1.